Se você perguntar a qualquer especialista sobre a importância do café da manhã, a resposta será a mesma: imprescindível. Alexandre Goulart explica que no café da manhã “é interrompido o longo período de jejum que se estende desde o jantar e ocorre a reposição de energia que o organismo consome durante o sono”. É dessa energia que o trabalhador vai precisar para realizar suas tarefas até a próxima refeição.
Mas qual o café da manhã mais indicado para diferentes necessidades? Há diferença entre uma pessoa que vai precisar de criatividade para criar e outra que vai precisar de força física para trabalhar? Conversamos sobre esses e outros pontos importantes com Alexandre. Confira:
Trabalhar em jejum:
Prejudica o desempenho do trabalhador, tanto mental como físico. “Pular o café da manhã faz com que o trabalhador possa sentir fraqueza, dor de cabeça, sonolência, terá dificuldades de concentração, raciocínio lento, ficará mais suscetível a irritabilidade e mau humor”, explica Alexandre.
Esses sintomas são sinais de que o cérebro está precisando de energia, e ocorre pelo baixo nível de glicose no sangue. “Com o intuito de economizar energia, o organismo fica com o metabolismo mais lento e provoca alterações em seu funcionamento”.
Nutrientes importantes:
Alexandre explica que o trabalhador que executa tarefas com esforço físico precisa dos mesmos nutrientes do que precisa de concentração.
- Uma fonte de proteína (ovos, leite ou derivados)
- Vitamina E (semente de girassol, castanha-do-pará, amêndoa)
- Vitaminas do complexo B (banana, cereais integrais, iogurte, melão)
- Carboidratos (castanha, nozes, pão integral, ovos)
- Ômega 3 (linhaça é uma ótima opção)
- Vitamina C (morango, amora, uva, mirtilo)
“A única diferença está no aporte calórico que deve ser aumentado. E isso deve ser proporcional ao gasto de energia que esse trabalhador terá. Ele deve consumir mais carboidratos e proteína, pois a atividade física exige uma demanda maior de energia do organismo”.
Café da manhã para cada trabalhador:
- Criatividade: proteína (ovo cozido, mexido ou frito com o mínimo de óleo); carboidrato (pão integral); café com leite ou derivados (queijo com menor teor de gordura); cereal sem açúcar (granola, linhaça, aveia); fruta vermelha ou suco natural (preferência para frutas da estação)
- Força física: ovos com pão (mexido ou frito com o mínimo de óleo); um sanduíche integral com queijo, presunto ou apresuntado; café com leite; frutas (banana e mamão são boas opções).
Lembrando que as proporções devem ser consideradas de acordo com o grau de atividade física e a necessidade calórica de cada tarefa. E se o trabalhador sentir fome entre o café da manhã e o almoço, Alexandre sugere algumas opções: “para não afetar o seu horário de almoço, basta consumir alimentos como castanha, nozes, amêndoas, frutas secas ou in natura, iogurte, barra de cereal”, finaliza.
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